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Saiba tudo sobre as bicicletas compartilhadas no Brasil

As bicicletas compartilhadas fazem, cada vez mais, parte do cenário de diferentes cidades do mundo. O sistema traz uma série de benefícios, principalmente auxiliando a mobilidade urbana. Embora elas existam desde a década 1960, as bicicletas compartilhadas no Brasil apenas começaram a aparecer pelas ruas a partir de 2008.

De lá para cá, já é possível encontrá-las em diferentes cidades, sobretudo nas capitais. Quer entender melhor sobre essa história e os benefícios trazidos por essas bikes? Siga conosco!

 

Como surgiram as bicicletas compartilhadas?

As primeiras bicicletas compartilhadas surgiram em Amsterdã, na Holanda, em 1965. A ideia inicialmente foi proposta pelo vereador Luud Schimmelpennik, que distribuiu 20 mil bicicletas brancas, as quais poderiam ser retiradas e devolvidas em qualquer ponto da capital holandesa.

O vereador esperava que, com os equipamentos podendo ser usados livremente pela população, houvesse uma redução no número de automóveis que circulavam principalmente no centro de Amsterdã.

Apesar de muito interessante, a ideia inicial de Luud foi rejeitada pela assembleia municipal. Contudo, o movimento contracultural Povos se apropriou da proposta e disponibilizou 50 bikes para a população. A iniciativa não teve uma grande duração, pois, infelizmente, em poucos dias houve furto de várias bicicletas e demais equipamentos.

Mas a iniciativa se espalhou. Em 1974, a cidade francesa La Rochelle começou a implementar o seu sistema de bicicletas compartilhadas – e, em 1993 foi a vez de Cambridge, na Inglaterra. O programa francês se tornou um sucesso, com mais de 130 km de faixas exclusivas. Na Inglaterra, contudo, as bikes compartilhadas foram canceladas, devido ao alto número de roubos dos equipamentos.

Em 1995 surge uma ideia visionária promovida em Copenhague, na Dinamarca. Nascia o sistema “depósito de moedas” – com bicicletas fabricadas sob encomenda e em versões mais robustas, as quais eram fixadas em paraciclos que somente liberavam a bike depois do usuário inserir algumas moedas. Hoje, o programa conta com 2 mil bicicletas e 110 estações.

Depois dessa revolução na forma de explorar as bicicletas compartilhadas, outras cidades começaram a produzir seus sistemas próprios, como Sandnes, na Noruega, Helsinki, na Finlândia e Arhus, na Dinamarca.

Essas bicicletas tinham diferenças em relação à ideia inicial, pois eram facilmente identificáveis como bicicletas do programa, com diferentes cores e modelos e ainda havia a liberação da bike apenas mediante o uso de moedas.

Em 1996, nascia a terceira geração das bicicletas compartilhadas na Inglaterra, usando sistemas baseados na tecnologia da informação. Em 1998, na cidade francesa de Rennes nascia o primeiro programa que utilizava o cartão de identificação dos usuários para associar às bikes. Assim, era possível controlar os usuários por meio do GPS e monitorar a capacidade das estações em tempo real.

As primeiras bicicletas compartilhadas no Brasil surgiram no Rio de Janeiro em 2008. Hoje, o nosso país possui bikes compartilhadas em 13 capitais, além de Brasília.

Quais os benefícios das bicicletas compartilhadas no Brasil?

bicicletas compartilhadas no Brasil

O primeiro benefício óbvio das bicicletas compartilhadas no Brasil e no mundo é o ganho na mobilidade urbana. Afinal, ao usar as bikes é possível reduzir a necessidade dos automóveis, descongestionando os centros urbanos.

Além disso, com menos carros na rua, também há um ganho em termos de sustentabilidade, com menos poluição atmosférica e sonora.

Para quem usa essas bicicletas compartilhadas, as vantagens são inúmeras, como:

  • prática de atividade física e melhora na saúde;
  • redução do tempo gasto no trânsito, especialmente em grandes cidades;
  • custo reduzido, pois você não terá que arcar com o valor da compra e nem da manutenção da bicicleta, podendo pagar apenas quando for usar o equipamento;
  • muitos sistemas de bicicletas compartilhadas têm conexão com o transporte coletivo, estando presentes em locais próximos à estações de metrô e de ônibus;
  • facilitam os deslocamentos chamados de “última milha”, o último trecho, por exemplo, entre uma estação de metrô e o destino final.

Desafios

Apesar de as bicicletas compartilhadas no Brasil e em todo o mundo já serem uma ideia consagrada, as empresas que lidam com essa atividade acabam esbarrando em alguns desafios.

O mais conhecido são os casos de acidentes de ciclistas. É por isso que algumas dessas empresas contam com seguros para danos físicos causados nos usuários.

Para a própria segurança do ciclista, é importante que ele siga as orientações das leis de trânsito – as quais evitam, por exemplo, pedalar na calçada ou na contramão. Embora a lei não obrigue o uso de capacete, ele é sempre recomendável, junto dos demais acessórios de ciclismo obrigatórios em termos de segurança.

Dicas de segurança ao usar bicicletas compartilhadas

As bicicletas compartilhadas estão se tornando cada vez mais populares no Brasil, oferecendo às pessoas a oportunidade de desfrutar de um meio de transporte limpo, econômico e fácil de usar.

No entanto, como qualquer outra forma de transporte, é importante tomar algumas precauções antes de usar bicicletas compartilhadas para garantir que todos os usuários se mantenham seguros.

Se você estiver planejando usar bicicletas compartilhadas, aqui estão algumas dicas importantes de segurança a lembrar.

Primeiro, lembre-se de conferir os freios da bicicleta antes de usá-la, bem como o seu equipamento de segurança, como capacete, luzes e sinalização.

É importante também ter certeza de que você está ciente do trânsito e das leis de ciclismo na sua área antes de começar a andar.

Por fim, se você estiver usando bicicletas compartilhadas durante a noite, é uma boa ideia usar trajes reflectantes para ajudar os outros motoristas a vê-lo. Se você seguir estas simples dicas básicas de segurança, você poderá desfrutar de um transporte seguro, saudável e limpo usando bicicletas compartilhadas

Como reportar problemas ou danos em bicicletas compartilhadas

Bicicletas compartilhadas têm se tornado uma ótima opção de transporte em cidades brasileiras. No entanto, às vezes pode ocorrer algum problema durante o uso dessas bicicletas. Se você encontrou alguma bicicleta compartilhada danificada ou com qualquer outro tipo de problema, é importante que você saiba como reportar o ocorrido.

Para reportar algum problema com bicicletas compartilhadas, é necessário entrar em contato com a empresa responsável pela bicicleta. Essas empresas costumam oferecer uma plataforma de atendimento ao cliente, como um ônibus de suporte, e-mail ou número de telefone para buscar suporte.

Basta fornecer os detalhes do problema para que a empresa possa resolvê-lo rapidamente.

Além disso, antes de utilizar as bicicletas compartilhadas, você também pode verificar se existem algum problema mecânico relacionado às bicicletas. Se você notar algo fora do comum, não deve usar a bicicleta e deve informar imediatamente a empresa responsável. Isso evitará que outras pessoas usufruam da bicicleta danificada.

Em suma, reportar problemas ou danos em bicicletas compartilhadas é algo muito importante. Ao entrar em contato com a empresa responsável, você garante que possíveis problemas sejam resolvidos rapidamente. Desta forma, as bicicletas compartilhadas continuarão sendo uma ótima opção de transporte para as cidades brasileiras.

Como funcionam as bicicletas compartilhadas

O Brasil possui um serviço de bicicletas compartilhadas que vem sendo cada vez mais adotado nas grandes cidades do país. Esse serviço é muito prático e ajuda a facilitar o trânsito e o transporte urbano.

Para usar as bicicletas compartilhadas é preciso se cadastrar no sistema e levando seu cartão de banco você já pode usar o serviço. O sistema funciona de duas formas: você pode retirar a bicicleta e devolvê-la na estação de mesmo nome, ou pode pagar para que a bicicleta seja desbloqueada apenas para você.

O pagamento é feito por cartão de débito e crédito ou outros serviços de pagamento online. Existem vários benefícios em usar as bicicletas compartilhadas, desde que o uso seja feito de forma responsável.

Por exemplo, é muito mais barato do que usar táxis ou outros meios de transporte. Além disso, ajuda a reduzir o trânsito e é mais saudável do que dirigir ou usar transporte público. As bicicletas compartilhadas são um ótimo meio de transporte para as cidades brasileiras.

bicicletas compartilhadas no Brasil

Experiências internacionais de sucesso com bicicletas compartilhadas

As bicicletas compartilhadas têm se mostrado uma solução eficiente para a promoção de cidades mais sustentáveis em todo o mundo. Com base nos resultados da pesquisa fornecidos, é possível destacar algumas experiências internacionais de sucesso com bicicletas compartilhadas. A seguir, apresento algumas informações relevantes sobre esse tema:

  1.  Programa Vélib\’ – Paris, França: O Vélib\’ é um dos sistemas de bicicletas compartilhadas mais icônicos do mundo. Lançado em 2007, ele se tornou um símbolo da mobilidade urbana em Paris. Com uma extensa rede de estações e milhares de bicicletas disponíveis, o Vélib\’ facilita o deslocamento dos parisienses e turistas pela cidade.
  2.  Citi Bike – Nova York, EUA: O Citi Bike é um programa de bicicletas compartilhadas em Nova York, que foi lançado em 2013. Ele se tornou rapidamente um dos maiores e mais bem-sucedidos sistemas de compartilhamento de bicicletas do mundo. Com uma ampla cobertura e bicicletas acessíveis, o Citi Bike contribuiu para a melhoria da mobilidade e redução do tráfego na cidade.
  3.  Santander Cycles – Londres, Reino Unido: Anteriormente conhecido como \”Boris Bikes\”, o programa Santander Cycles foi lançado em 2010 em Londres. Com mais de 11.000 bicicletas e cerca de 750 estações espalhadas pela cidade, ele se tornou uma parte integrante do sistema de transporte londrino. Os residentes e visitantes podem usar as bicicletas compartilhadas para percorrer a cidade de maneira conveniente e sustentável.
  4.  Bycyklen – Copenhague, Dinamarca: Copenhague é conhecida como uma das cidades mais amigáveis às bicicletas do mundo, e o programa Bycyklen contribui para isso. Lançado em 2013, o sistema de bicicletas compartilhadas de Copenhague oferece bicicletas elétricas equipadas com navegação por GPS e recursos tecnológicos avançados. Essas bicicletas são amplamente utilizadas pelos moradores e turistas para se locomoverem pela cidade.

Essas são apenas algumas das experiências internacionais de sucesso com bicicletas compartilhadas. Cada uma dessas iniciativas demonstra como os sistemas de compartilhamento de bicicletas podem transformar a mobilidade urbana, promovendo uma alternativa sustentável aos meios de transporte tradicionais.

Onde encontrar bicicletas compartilhadas no Brasil?

Atualmente, as bicicletas compartilhadas no Brasil estão presentes em 13 capitais. São elas: Manaus (Amazonas), Belém (Pará), Fortaleza (Ceará), Recife (Pernambuco), Salvador (Bahia), Brasília (Distrito Federal), Goiânia (Goiás), Belo Horizonte (Minas Gerais), Vitória (Espírito Santo), Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre (Rio Grande do Sul), Curitiba (Paraná) e Florianópolis (Santa Catarina).

Além dos sistemas públicos-privados, ainda existem cidades com sistemas privados, promovidos por startups que ajudam a complementar a oferta de serviço de transporte, como as empresas Serttel, Yellow, Bikxi (serviço de bicicleta-táxi, com bikes para duas pessoas), E-Moving (que compartilha bicicletas elétricas) e Trunfo, na cidade de São Paulo, e a Loop, em Porto Alegre.

Bike Sampa e Bike Rio

Sem dúvida, quando falamos em bicicletas compartilhadas no Brasil, os dois programas mais lembrados são o Bike Sampa e o Bike Rio, já que são os maiores programas públicos de compartilhamento de bicicletas do país.

Juntos, eles somam 2600 bicicletas distribuídas em 260 estações. Em comum, ambos são patrocinados pelo Banco Itaú e são operados pela empresa paulistana TemBici – que ainda gerencia outros três programas públicos de bicicletas compartilhadas no Brasil, o Bike POA (Porto Alegre), Bike Salvador (Salvador) e o Bike Pernambuco (Recife).

O Bike Rio foi o primeiro a ser inaugurado. No início, em 2008, ele era chamado de Pedala Rio e em 2011 passou a ser conhecido como Bike Rio. Esse também é o sistema com maior número de viagens por dia, com uma média de 5.554 viagens diárias.

Em 2012, foi inaugurado o Bike Sampa. Porém, o desempenho na capital paulista ainda é baixo, com apenas 1,5 viagem por dia. As estações foram determinadas considerando o mapa de ciclorrotas da cidade – hoje o sistema abrange 8% do território de São Paulo.

Na capital paulista, as bikes compartilhadas estão garantidas pelo Plano Diretor Estratégico e, desde 2014, integram o sistema cicloviário do município.

Também foi em 2012 que o Bike POA teve início, ainda em caráter experimental, que se estendeu até 2015. As atividades permanentes se iniciaram em 2016. Atualmente, o programa conta com 410 bicicletas distribuídas em 41 estações fixas localizadas tanto na região central como na orla da cidade.

A média de uso em Porto Alegre é maior, com cerca de 61 mil viagens mensais – sendo que destas, 71% são realizadas em dias úteis, mostrando a força das bicicletas compartilhadas no Brasil como uma alternativa sustentável à mobilidade urbana.

Já deu para notar que as bicicletas compartilhadas no Brasil e no mundo são ótimas alternativas para reduzir o trânsito nas cidades e diminuir o impacto ambiental, não é mesmo? Se você curte pedalar e adora serviços inovadores, leia o nosso conteúdo sobre entregador de bikes e descubra mais sobre essa profissão!

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