Alguns olham com o nariz torto, já outros, amam de paixão! Será que o spinning para ciclistas é realmente recomendado para quem pratica forte a modalidade? Ele melhora o desempenho no pedal ou apenas atrapalha os resultados?
Muitas dúvidas existem sobre o spinning para ciclistas. Principalmente se ele é adequado para quem já está inserido no pedal. Como a bicicleta no modelo fixo possui algumas limitações, é importante saber se ela é uma aliada no treino ou não.
Quer saber se o spinning para ciclistas realmente faz diferença e melhora o rendimento durante a prática? Vamos explicar todos os detalhes sobre o ele, seus benefícios e também apresentar os fatores que o leva a não ser recomendado em alguns casos. Continue a leitura!
A história do spinning
É difícil não se inspirar pela trajetória vivida pelo seu criador. Johnny Goldberg, um ciclista da África do Sul, resolveu mudar de vida e foi tentar o sonho americano na Califórnia. Chegando lá, participou de algumas competições, porém o resultado não foi positivo.
Em 1995, quando estava com a esposa grávida e se preparava para uma nova competição, resolveu criar uma bicicleta fixa. Assim, poderia treinar, enquanto fazia companhia a ela. Surgia neste momento o spinning! A atividade que ganhou o nome em homenagem a um cachorro que o seguiu durante uma prova.
O spinning acabou caindo no gosto do mundo fitness, que logo começou a explorar a criação de novos modelos de negócio. Hoje, ela está presente em todo o mundo e é uma das modalidades mais populares nas academias.
Mas, afinal: o que é spinning?
O spinning nada mais é do que uma prática conduzida por um instrutor e realizada em grupo, que utiliza bicicletas fixas. É ele quem dita o ritmo e oferece os diferentes estímulos com músicas altas, trocas de luzes e mudanças de cargas
É importante ressaltar que ela não é uma bicicleta ergométrica normal. Seu mecanismo é totalmente diferente, pois possui uma corrente de resistência variável. Com ela, o praticante pode simular diferentes terrenos e situações.
As aulas duram em média, cerca de 45 a 50 minutos e geralmente possuem 5 etapas de intensidade. São elas:
Sentado – Cadência entre 80 e 110 RPM: é a base. Você se senta com os braços ligeiramente flexionados e segura o guidão;
Escalada sentada – Cadência entre 80 e 110 RPM: ela reproduz uma subida. O corpo fica um pouco para trás e empurra com força nos pedais;
Subida sentada – Cadência entre 60 e 80 RPM: é a versão de pé da primeira, onde a posição é ereta e os glúteos estão na frente do selim;
Escalada em pé – Cadência entre 60 e 80 RPM: é semelhante a uma escalada, mas o peso corporal é alavancado, o que requer um maior esforço do praticante.
Saltos – Cadência entre 80 e 110 RPM: nesta posição, os glúteos nunca tocam no selim e o ritmo é muito mais sustentado.
Uma das principais vantagens do spinning é que cada participante pode controlar exatamente seu próprio nível de intensidade. Assim, ele permanece em grupo, mesmo enquanto se adapta ao que está sendo pedido pelo instrutor.
Spinning para ciclistas
Por ser uma prática esportiva sem movimentos técnicos particularmente difíceis, o spinning para ciclistas possui algumas particularidades. É interessante pensar que ele é a porta de entrada para quem começa a se aventurar no ciclismo. A pessoa começa a gostar das aulas e cria a vontade de vivenciar algumas experiências com bike fora do ambiente fechado.
Algumas academias possuem programas voltados para diferentes modalidades no equipamento. Eles fazem aulas com simulação de ciclismo. Seja na montanha, pedal na estrada, treinos mais aeróbicos ou até intervalado. Neste caso, são usadas diferentes intensidades no mesmo período. Outra novidade também presente em alguns espaços fitness é a simulação de competição por meio de telas, onde as bikes são monitoradas.
Conheça os 5 benefícios do spinning para ciclistas
Confira algumas vantagens do exercício:
1- Ajuda a emagrecer
Dependendo da intensidade de uma prática de spinning, é possível ter um gasto calórico de 400 até 800 calorias em cada aula.
2 – Aumenta a capacidade do sistema cardiovascular e respiratório
O spinning estimula e melhora a circulação sanguínea, evitando a retenção de líquidos. Fortalece o coração, devido à perda de excesso de gordura, o que ajuda a reduzir o colesterol e os triglicérides.
3 – Tonifica e fortalece os músculos
Outro grande benefício do spinning é o fortalecimento da musculatura. Ele é um ótimo remédio para dores musculares, tão presente na vida de quem pedala
4 – Previne e diminui o risco de doenças
Principalmente aquelas relacionadas ao aumento de peso, como o diabetes e a hipertensão.
5 – Reduz o estresse nervoso
Não apenas por conta da atividade física, mas também por causa do ambiente, sempre cheio, com música, luzes e animação. Um treino divertido e estimulante dá uma carga de endorfinas à mente e, portanto, uma sensação de bem-estar. Ele permite reduzir o estresse nervoso e trazer uma melhora no humor.
Spinning para ciclistas: ele ajuda ou não?
Se pensarmos no spinning para ciclistas como uma alternativa, em dias chuvosos ou um complemento de treino, ele ajuda sim. Além de proporcionar um grande gasto calórico, ele trabalha importantes grupos musculares que são impossíveis para um bom ciclista.
A atividade de spinning para ciclistas pode contribuir para o ganho de um bom condicionamento físico. Para quem já tem, ele auxilia na manutenção. Porém, a experiência no spinning nunca será igual a vivência de um pedal ao ar livre: isso é fato!
Nada substitui o real
O ciclismo em ambientes abertos, seja nas ruas, estradas ou trilhas, oferece uma série de desafios que devem ser experimentados. Quem possui somente a experiência irreal dentro de uma sala, jamais conseguirá enfrentá-los com a mesma vivacidade.
Por este motivo, para quem está começando é interessante se reunir com grupos de pedal. Com eles, o ciclista iniciante, recém saído das aulas de spinning, irá aprender a ter a confiança necessária para encarar as diferentes situações que só o ciclismo dispõe.
Além do mais, a regulagem de altura e postura uma bicicleta de spinning, utilizada em uma academia, por exemplo, não é a mesma da bike que já estamos acostumados a andar.
A começar pelo guidão, que é um pouco mais pesado do que uma bike tradicional. Ele pode ser um complemento ou uma opção em circunstâncias extremas. Porém, ele não é um substituto do ciclismo.
Já se aventurou em alguma academia e experimentou o spinning para ciclistas? Compartilhe com nossos leitores o seu comentário contando a sua experiência!
