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Tudo sobre pedalar no Caminho dos Anjos

Quem é fã do cicloturismo e de fazer cicloviagens não pode deixar passar a oportunidade de pedalar no Caminho dos Anjos, um percurso cheio de beleza natural e história.

Você ainda não ouviu falar desse roteiro? Então continue lendo o artigo e conheça todos os detalhes.

 

O Caminho dos Anjos: será que chega no céu?

O Caminho dos Anjos não é tão angelical assim porque apresenta várias serras desafiantes para qualquer ciclista.

Esse circuito fica nas Terras Altas da Mantiqueira, no estado de Minas Gerais. Para quem não conhece, MG já é um lugar muito especial, seja que você for de bike ou não.

O Caminho dos Anjos passa pelas cidades de Passa Quatro, Itamonte, Alagoa, Aiuruoca, Baependi, Caxambu e São Lourenço, até voltar para o ponto de partida.

São aproximadamente 240 km de trajeto, que podem ser percorridos em 4 ou 5 dias, com uma elevação acumulada por volta dos 6.000 metros.

Vale destacar que, assim como outros circuitos, o Caminho dos Anjos conta com um site oficial para consultas. Porém, nunca é demais uma boa planificação prévia.

Analisemos agora o roteiro de cada um dos dias segundo o consenso de vários ciclistas que já pedalaram pelo Caminho dos Anjos.

Lembre que é uma sugestão. Você poderá fazer o percurso do jeito que você quiser, começando numa outra localidade ou pedalando mais ou menos cada dia.

Dia 1

O primeiro dia começa em Passa Quatro que, como falamos acima, é também o final do percurso. Portanto, é aqui que você deve deixar seu carro e pertences. Só dando uma pequena pesquisada ou chegando diretamente no lugar, você descobrirá que há várias opções de hospedagens e estacionamentos.

Aqui poderemos ver umas setas amarelas que sinalizam o caminho do começo ao fim.

Nos primeiros quilômetros você já encontrará algumas subidas, mas nada super exigente (ainda).

No km 12 aproveite para descer e tomar banho na Cachoeira do Delfim. Há uma placa indicativa, então não precisa se preocupar com ficar buscando o lugar.

Pouco depois você chegará no Bairro Jardim, e daí deverá virar à direita para pedalar até Itamonte, sendo uma das partes do trajeto mais tranquilas de pedalar.

No caminho até o Parque Estadual Serra do Papagaio, e antes da entrada para a Represa dos Braga, há um mercado. É uma boa chance para comprar alguma que outra coisinha que você precisar.

Agora sim, começa o desafio: uma subida que atravessa a Serra do Garrafão. São 21 km de subida exigente.

Mas a recompensa é ótima. Depois da subida, a pedalada já é mais tranquila e cheia de bonitas paisagens onde você poderá apreciar a Serra do Papagaio na sua plenitude.

Chegando em Alagoa, é hora de procurar uma hospedagem para pernoitar.

Você terá pedalado 65 km e uma elevação acumulada de 2100 m.

Dia 2

Os primeiros quilômetros são uma delícia, pois você pedalará ao lado do rio Aiuruoca. Na hora que você quiser, é só descer da bike e tomar um banho. É um trajeto relativamente fácil, com algumas subidas e descidas leves.

De fato, no km 28 você chegará no estabelecimento Pocinho, onde há uma bela piscina natural. Aí você poderá comer e beber algo antes de continuar, porque daqui para frente começam as dificuldades.

Aqui você deverá pedalar até a Cachoeira do Garcia, num trajeto que é pura subida. Não sinta vergonha se precisar descer para empurrar a bike várias vezes. A estrada é íngreme, portanto, tenha cuidado de não cair.

Na hora que você chegar num local chamado Canto das Bromélias, é hora de descer e tomar uma cerveja contemplando a paisagens.

Se você estiver muito cansado ou gostou muito do lugar, pode pernoitar aí mesmo. Mas também pode pedalar mais um pouco até a hospedagem do Casal Garcia, um lugar belíssimo localizado acima de uma cachoeira, com comida caseira, fogão a lenha e uma cabana charmosa.

Você terá percorrido aproximadamente 47 km e uma elevação acumulada de 1475 m.

Dia 3

Pouco depois de começar o trajeto, você alcançará o ponto mais alto do circuito: uns 1900 m. Aproveite para contemplar a paisagem.

Embora o percurso aqui consista maiormente em descidas, não se confie. Pedale com cuidado.

Também encontrará algumas subidas, principalmente antes de chegar na Casa Rosa, um lugar onde poderá descer para comer e beber alguma coisa antes de continuar.

Aqui você pedalará do lado do rio Baependi, passando por duas cachoeiras: a cachoeira do Inferninho e a cachoeira do Caixão Branco.

Chegará até o Espraiado do Gamarra, onde você poderá fazer umas compras e visitar uma pequena praia e mais cachoeiras, de frente à Parada do Nadinho.

A seguir você passará por trajetos mais tranquilos, e até pedalará por um trecho da Estrada Real.

Antes de São Lourenço, você pegará a última subida do dia. Não deixe de conhecer a Igreja Matriz São Francisco de Assis antes de procurar uma hospedagem.

Você terá percorrido uns 72 km e uns 1500 metros de elevação acumulada.

Dia 4

Se você fizer tudo conforme aqui descrito, esse será o último dia.

Você começara com uma subida, de onde poderá contemplar a cidade de São Lourenço. Depois pedalará por uma estrada terra durante vários quilômetros até chegar no asfalto.

O próximo destino é o Vilarejo do Porto, um percurso muito tranquilo e bonito.

No caminho você poderá comprar mais algumas coisas para enfrentar a última subida antes de chegar em Passa Quatro.

A última parte do circuito é uma bela floresta um pouco densa. Depois um último banho de cachoeira e chegamos a Passa Quatro!

caminho dos anjos

Tips para pedalar no Caminho dos Anjos

  • Embora não seja um trajeto só para profissionais, você precisará ter algo de preparo físico.
  • Além disso, é bom dar uma olhada em tudo o que você precisa levar para sua cicloviagem.
  • Fique de olho no clima, principalmente se há previsão de chuva ou muito calor.
  • Faça uma manutenção completa da bike, principalmente dos freios, porque você precisará muito deles.
  • Se puder, reserve com antecedência em cada hospedagem. Embora há algumas hospedagens bem simples onde é só chegar e dormir, faça sua reserva em todas as que puder. Isso também servirá como medida de segurança caso você tenha algum imprevisto.
  • Não esqueça da câmera fotográfica!

E, falando nisso, sempre é bom contar com um seguro, tanto para sua bicicleta como para você, especialmente numa cicloviagem. Veja o que o Seguro do Bike Registrada tem para oferecer clicando aqui.

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