Considerado um dos maiores classicómanos, ou seja, aquele que é especialista de ciclismo de estrada, mais precisamente nas provas de um dia de competição, denominadas como as clássicas, hoje vamos conhecer a história de Wout Van Aert.
Então, prepare-se no seu cantinho e desfrute da história de um dos grandes ciclistas da atualidade no cenário mundial.
Boa leitura!
A história de Wout Van Aert e suas conquistas
Talvez o dia 15 de setembro de 1994 tenha sido mais um dia comum para você ou dependendo da sua idade, você nem tivesse nascido ainda. Mas para o ciclismo mundial, esse dia foi muito importante.
Foi nesse dia, em Herentals, na Bélgica, que nasceu o ciclista Wout Van Aert. Ele foi membro da equipe juvenil de Telenet-Fidea na categoria junior, ganhando em 2011 o ciclocross de Ruddervoorde, a primeira rodada de Superprestige juniors 2011-2012.
Seu destaque se deu graças as atuações em grandes competições de estrada. Em uma de suas primeiras corridas como a Strade Bianche, o Volta à Flandres e a Paris-Roubaix, esteve páreo a páreo com ciclistas como Philippe Gilbert, Peter Sagan ou Greg Van Avermaet.
Wout Van Aert evoluiu na categoria sub-23 e foi lá que ganhou a classificação geral Superprestige Spois, ganhando três, das oito rodadas, Zonhoven, Asper-Gavere e Gieten. Além disso, ganhou o International Sluitingsprijs em Oostmalle e terminou segundo na Copa do Mundo.
Seu treinador nacional, Rudy De Bie, o considerou a revelação daquela temporada. Já no campeonato mundial, Wout Van Aert conquistou a medalha de bronze na corrida da categoria sub-23.
Já em novembro de 2013, anunciou uma mudança de equipe e partiu para a Vastgoedservice-Golden Palace, o que causou uma certa chateação nos líderes da Telenet-Fidea.
Em 2014 tornou-se campeão europeu sub-23 de ciclocross e foi nessa temporada que correu com uma frequência maior, disputando com a elite de campões.
No auge dos 20 anos, Wout Van Aert ganhou a corrida da Copa do Mundo em Koksijde, essa que foi sua primeira participação em uma rodada de elite do campeonato. Além disso, ganhou cinco rodadas do Banque Bpost Trophy e quatro rodadas da Superprestige sub-23.
Além de correr com os grandes corredores maiores de 23 anos, conquistou uma medalha de prata mundial, atrás de Mathieu Van Der Poele após uma semana, ganhou o ranking geral do Troféu Banque Bpost.
Na temporada 2015-2016 de ciclocross, ganhou de forma sucessiva a primeira rodada da Copa do Mundo em Vegas, em seguida o Superprestige, o Troféu Banque Bpost e o Soudal Classic. Em 2016, também ganhou o Campeonato Mundial de 2016, em Heusden-Zolder.
Ainda nesse ano, conquistou as classificações finais para a Copa do Mundo, Superprestige, o Troféu Banque Bpost e o campeonato Belga. Foi quando retomou suas participações nas provas de estrada, ganhando a contrarrelógio da primeira etapa da Volta à Bélgica do múltiplo campeão mundial Tony Martin.
Na temporada seguinte, ganhou as duas primeiras rodadas da Copa do Mundo e terminou na terceira colocação do Campeonato da Europa. Na disputa do mundial de ciclocross de 2017, manteve o seu título e conquistou o bicampeonato.
Já em agosto do mesmo ano, ficou em terceiro lugar na corrida Dwars Door Het Hageland, no seu país local.
Em uma acirrada disputa na temporada 17-18, conseguiu desbancar o seu rival Van Der Poel e conquistou o terceiro título mundial seguido. Foi após isso que informou sua vontade de participar nas provas clássica de primavera.
Após a temporada de ciclocross, deixou para trás grandes favoritos na Omloop Het Nieuwsblad, como Greg Van Avermaet, Sep Vanmarcke, Zdeněk Štybar, Matteo Trentin e outros grandes ciclistas.
E na sua primeira participação na Strade Bianche, uma corrida clássica que disputou pela primeira vez e já conseguiu o terceiro lugar, ficando atrás apenas de Tiesj Benoot e Romain Bardet, após uma longa escapada com o francês.
Ao final da corrida, o Wout Van Aert saiu esgotado, obrigado a empurrar sua bike na rampa final. Nas corridas clássicas de Flandres, conseguiu apenas o décimo lugar em Gante-Wevelgem e o nono na primeira Volta à Flander que disputou.
Em agosto, terminou o Campeonato da Europa de Ciclismo, em Glasgow, em terceiro lugar apenas.
No dia 17 de setembro de 2018, Wout Van Aert anunciou a rescisão contratual com sua equipe, a Vérandas Willems-Crelan e aliou-se com a equipe Cibel-Cebon Offroad, mas disputou apenas a temporada de ciclocross 2018-2019
No ano seguinte, assinou com sua equipe atual, a Team Jumbo-Visma. Ao final de junho, disputou os campeonatos nacionais de ciclismo de estrada na Bélgica, onde se tornou campeão nacional de contrarrelógio e na prova de estrada conquistou a medalha de bronze.
Em 2021, nos Jogos Olímpicos de Verão de 2020, adiados devido à pandemia do covid-19, Wout Van Aert venceu uma medalha de prata na prova de ciclismo de estrada em Tóquio.
O ano de 2022 começou um pouco complicado para o ciclista. Em abril, testou positivo para o coronavírus e ficou de fora do Tour de Flanders e sua equipe teve que enviar Christophe Laporte e Tiesj Benoot para a disputa.
O ano de 2020 para Wout Van Aert
O ano começou e Wout Van Aert alcançou o décimo lugar na Omloop Het Nieuwsblad e logo em seguida, o calendário foi paralisado devido à pandemia do Covid-19, voltando a competir na Strade Bianche.
Na prova italiana, ele conseguiu vencer de forma isolada, com 30 segundos de diferença ao segundo colocado, Davide Formolo.
Após quatro dias depois, terminou em terceiro lugar na Milano-Torino. Com o seguimento do calendário italiano, ele venceu o sprint Milão San-Remo, deixando para trás a Julian Alaphilippe, sendo o primeiro belga a vencer a prova desde Andréi Chmil em 1999.
No Tour de France, ele alcançou a sétima etapa com vitória em todos os sprints anteriores, sendo o primeiro belga com duas ou mais vitórias no mesmo Tour desde 2007.
Sem competir na Gante-Wevelgem, onde era favorito ao lado de Mathieu Van Der Poel. Porém, acabaram não disputando o sprint final, o que deu a vitória à Mads Pedersen. Finalizou a corrida na oitava posição, a frente do seu oponente principal.
Para fechar a temporada, mais uma disputa entre os dois ciclistas, mas dessa vez foi Tour de Flandres. A disputa foi bem acirrada, onde estiveram lado a lado nos últimos 35km da prova. Porém, 5 horas e 43 minutos depois, Van Der Poel venceu o sprint, levando o troféu para casa.
O curioso caso no Critério de Dauphiné de ciclismo
No meio desse ano, Wout Van Aert protagonizou uma das cenas mais bizarras da história da corrida. Com sua vasta vantagem perante os demais competidores, estava chegando praticamente na linha de chegada.
Mas, o fato engraçado é que, sua empolgação pelo excelente desempenho foi um pouco excessiva, o que ocasionou em uma comemoração antes da hora e tirou as mãos do guidão e ficou mais relaxado.
Foi então que David Gaudu, até então segundo colocado, ultrapassou Wout Van Aert nos últimos metros e conquistou o primeiro lugar na corrida.
A performance de Wout Van Aert durante sua carreira foi de altos e baixos, é verdade. Mas, isso nos mostra que, até mesmo atletas de altos níveis, possuem seus momentos de instabilidade.
Por isso, inspire-se nessa trajetória e supere os momentos que esteja desanimado com sua performance, tenha seu próprio tempo para se recompor e dedique-se para dar a volta por cima.
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